É de longa data que se tenta desmantelar um ganho à saúde pública de mais de quatro dezenas de municípios da região central do Estado: o funcionamento do complexo e necessário aparato serviço do Hemocentro de Santa Maria. Passam pela estrutura, criada em 2008, nada mais, nada menos do que toda a demanda do SUS de coleta, processamento e testagem de sangue. Porém, há uma questão contratual - ou a falta de - que pode fazer com que o Executivo gaúcho concretize uma situação levantada ainda na gestão do então governador José Ivo Sartori (MDB), que é a transferência dos serviços do Hemocentro para o já sobrecarregado e demandado Hospital Universitário de Santa Maria (Husm).
Se no passado as legislaturas eram dormentes, essa é atuante
O problema todo reside em questões que já estão sendo acompanhadas pelo Ministério Público Federal (MPF) e também pelo Ministério Público (MP) do Trabalho. Ou seja, o funcionamento do Hemocentro se dá, na maioria, com a mão de obra cedida de funcionários da UFSM para o Hemocentro. É justamente esse o problema: uma estrutura do Estado sendo tocada com servidores da União. Imagina-se que não sejam essas as novas façanhas que o governo do Estado tentará emplacar na região central do Rio Grande do Sul.